segunda-feira, 15 de julho de 2013

Análise e Modelagem de Processos de Negócios: Iniciando o Entendimento sobre o Assunto - Parte 1

Análise e Modelagem de Processos de Negócios para Alcance de Resultados


Análise e Modelagem de Processos de Negócios

Surgiu e foi influenciado por duas abordagens anteriores.

Sistema Aberto – A abordagem Sistêmica, que defende que todo sistema faz parte de um sistema maior, um todo. A Gestão por Processo foi influenciada pela a ideia de sistema aberto, que a todo momento está trocando relações com o ambiente interno e externo da empresa. A dinâmica dos sistemas abertos é caracterizada, segundo Capra 1996, pelas relações de trocas entre as partes e o todo. A ênfase nas partes tem sido chamada de mecanicista, reducionista e atomística, já a ênfase no todo, de holística, orgânica ou ecológica. A visão sistêmica depende do foco que é visualizada, pode ter vários entendimentos. Em relação aos sistemas que foi concebida a ideia de processos, de transformação e realimentação.  Fluxos de energia ou matéria em uma dinâmica autorregulada de entrada, processamento e saída. O processamento é o elemento de relações com o contexto. As mudanças e a evolução do pensamento sistêmico têm apoio nas transformações apontada pela física quântica, que mostrou que não existem partes, aquilo que denominamos parte é apenas um padrão numa teia inseparável de relações, na visão mecanicista, o mundo é uma coleção de objetos, na visão sistêmica, compreendemos que os próprios objetos são redes de relações, embutidas em redes maiores.

Abordagem Contingencial – Ela nada mais é que a abordagem da incerteza, nada é absolutamente verdadeiro, como Einstein dizia tudo é relativo. Nada pode ter tido como única verdade, pois tudo pode mudar, tudo depende. A gestão por processos vem para estruturar e fazer fluir a comunicação dentro da empresa, não focando na competência individual, mas no sistema de relações dentro da empresa, mas em contrapartida profissionais que sabem lidar com essa incerteza com flexibilidade, diferenciação, especialização, criatividade, inovação, conhecimento, percepção e tempo de resposta reduzido, terão um grande diferencial em áreas que utilizem o pensamento estratégico e de decisão, as áreas mais desejadas, de Inteligência.

Macrovisão Organizacional Através da Cadeia de Valor – Esta visão a partir da cadeia de valor abrange todos os elos da cadeia com o valor agregado. Esta ideia transmite a imagem que o valor se move em direção do cliente. O valor do negócio é determinado pelo relacionamento com os clientes. Gerenciar a cadeia de valor é cumprir um ciclo (Não atividades de meios e fins) de alinhamento contínuo, orientar a qualidade para agregação de valor, refletir sobre as competências organizacionais e orientar mudanças, nela, segundo Motta (1997, p. 96) meios e fins se integram. A agregação de valor deve ser vista com um compromisso organizacional que visa a busca pela qualidade e melhoria contínua pelo ponto de vista do cliente, com base no alinhamento das dimensões configuradas na cadeia de valor. Alinhado na direção da estratégia da empresa, na direção dos clientes, na direção do modelo de produção, na direção do desenvolvimento organizacional, na direção da cultura organizacional e na direção da estrutura organizacional. A cadeia de valor permite fazer uma leitura reversa, perceber as reais potencialidades organizacionais, o entendimento sobre essas potencialidade e competências permite integrar cadeias de valor e aprofundar a visão de redes organizacionais. Essa macrovisão integrada ao ambiente e transmissora de valor, torna a mudança espontânea.

Visualizar a organização com um grande processo de negócios

Visão Geral de Processos – Segundo Davenport (1994) Conjunto de atividades estruturadas e medidas. Ordenação específica das atividades de trabalho no tempo e no espaço, com um começo, um fim e inputs e outputs claramente identificados. Um estrutura para ação. Visão dinâmica de como a organização produz valor. A adoção de uma abordagem de processo significa a adoção do ponto de vista do cliente. Precisam de donos claramente definidos. Foco na atividade de trabalho, mas do que na estrutura, as funções ou departamentos. Visão horizontal da organização. Há quatro tipos básicos de entrantes (inputs) materiais, energia, clientes e/ou informações. Recursos entrantes para propiciar a transformação como máquinas e demais equipamentos e os colaboradores. Graça ao processamento temos quatro tipos de saídas de recursos transformados recursos com valor adicionado (bens ou serviços), recursos com valor público adicionado (Emprego, impostos, responsabilidade social), recursos sem valor imediato (Saídas indesejáveis, resíduos sólidos, gases emitidos e efluentes lançados nos rios e lagoas) e informação que realimentarão o sistema organizacional, propiciando melhorias e indicações quanto ao seu desempenho.

Fonte: Análise e modelagem de processos de negócios: foco na notação BPMN (Business Process Modeling Notation) / Rogerio Valle, Saul Barbará de Oliveira, organizadores. - 1. ed. - 5. reimpr. - São Paulo: Atlas, 2012.

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